Após seis meses intensos de capacitação promovida pelo Sebrae, participantes da Incubadora Koneka, um Programa de Empreendedorismo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR), apresentaram nesta sexta-feira, 6, o resultado de suas ideias inovadoras. Ao todo, oito estudantes dos campi de Bonfim, Amajari e Novo Paraíso receberam suporte técnico, logístico e financeiro para executar suas propostas. A iniciativa é fruto de um acordo de cooperação técnica entre o Sebrae e o IFRR, para incentivar o empreendedorismo jovem no Estado.
O objetivo, segundo João Marcos Souza, analista e gestor do Projeto Ambiente de Inovação do Sebrae, é trabalhar ideias inovadoras que tenham potencial para serem transformadas em empreendimentos. “Hoje finalizamos a fase de pré-incubação, que é o momento crucial para decidir se aquela ideia de fato pode se tornar um negócio. Desde o início dessa trajetória, trouxemos diversos treinamentos, workshops e oficinas voltadas para estratégias de marketing, vendas, pitch, mínimo de produto viável, entre outras temáticas”, ressaltou.
Prestes a se tornar tecnólogo em aquicultura, Hebert Leonel, de 20 anos, quer ampliar a produção de peixes no município de Amajari, oferecendo consultorias aos trabalhadores da região que mais produz tambaqui em Roraima. “Minha ideia e futuro empreendimento vai proporcionar uma opção mais acessível para criação de peixes com a montagem dos tanques de geomembrana, pois percebi que há essa vontade de gerar renda no município, mas falta o conhecimento técnico e assistência profissional”, completou o estudante.
O encerramento da Pré-Incubadora Koneka ocorreu durante a manhã e tarde no Sebrae Lab, em Boa Vista. Os estudantes foram recepcionados com um café da manhã e em seguida participaram da oficina de pitch, em que puderam aprender como fazer uma apresentação curta e direta para despertar a atenção de investidores, parceiros ou clientes pelo futuro negócio. Após o almoço, os participantes participaram do “Desafio Elevator Pitch”, no qual tiveram três minutos para apresentar suas ideias a um grupo de avaliadores dentro de um elevador. As duas melhores exposições receberam tablets como premiação.
“Sempre quis ser empreendedora, então, quando surgiu a oportunidade de transformar minha ideia em negócio, vi que era a minha chance. Minha colega Maria Aliny e eu produzimos doces derivados do cacau plantado no município de Caroebe, agora, já sabemos como valorizar nosso produto e trabalho através das informações que o Sebrae nos passou. Hoje me sinto muito mais confiante para apresentar meu produto, que é totalmente artesanal, e realizar o sonho de ser empreendedora” destacou Elys Ranielly, estudante do curso de agroindústria do IFRR.
As ideias inovadoras trazidas pelos alunos foram trabalhadas em sala de aula, juntamente aos professores e gestores da Incubadora Koneka de cada campus no interior do Estado, ressalta Karla Morais, diretora da Agência de Inovação e da Incubadora de Negócios Koneka.
“As capacitações ocorreram de forma virtual e presencial para obtermos a participação de todos, também foi oferecido uma bolsa para que pudessem investir em suas ideias e hoje nossos alunos estão capacitados e aptos para ter uma pequena empresa através dessa união entre o conhecimento acadêmico e o empreendedorismo” disse.
Para o professor Pierre Pinto Cardoso, gestor da Incubadora Koneka do Campus Novo Paraíso, as capacitações do Sebrae foram fundamentais para desenvolver o empreendedorismo dentro das instituições de ensino e dar oportunidade a jovens de gerar renda a partir do conhecimento adquirido na academia. O próximo passo é dar oportunidade aos estudantes de criar um CNPJ, participar dos cursos de microempreendedorismo oferecidos pelo Sebrae e introduzi-los de fato no mercado de trabalho.
“Eu acredito que a gente conseguiu não só plantar a semente do empreendedorismo na mente desses jovens que estão sendo pré-incubados no campus Novo Paraíso, mas a gente conseguiu também mostrar que é possível. Muitos aqui saem com o pensamento transformado e cheio de ideias para aplicar em seus municípios e comunidades. Não só gerando renda, mas mostrando para o mundo o que o empreendedorismo faz na vida dos jovens que têm acesso a capacitação”, finalizou.
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