OPERAÇÃO HAGNOS: Polícia Civil de Roraima participa de operação nacional contra exploração e abuso infantil

Foto: SECOM/RORAIMA

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Da: SECOM/RORAIMA

A PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), participa desde o dia 1º de novembro da Operação Hagnos, uma ação coordenada pelo MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) em parceria com os 26 estados e o Distrito Federal para intensificar o combate à violência contra crianças e adolescentes. A operação em Roraima é coordenada pela SESP (Secretaria de Segurança Pública) e se estende até o dia 29 de novembro.

Na manhã desta segunda-feira, 4, a delegada titular da DPCA, Jaira Farias, e o delegado adjunto, Matheus Rezende, reuniram-se com a equipe de policiais, com o objetivo de realizar o alinhamento das ações a serem executadas ao longo do mês.

Jaira Farias ressaltou que a operação Hagnos busca reforçar a fiscalização e promover a proteção de menores contra abusos, garantindo a segurança e bem-estar.

“Vamos realizar inúmeras ações não somente repressivas, mas também preventivas. Realizaremos orientações na Capital e Interior e vamos intensificar o cumprimento de mandados de busca e apreensão, de prisão, intensificação de diligências, apuração de denúncias, principalmente denúncias anônimas”, disse a delegada.

Segundo Jaira Farias, todas as delegacias do interior vão atuar em conjunto com a DPCA em frentes repressivas e preventivas, incluindo o cumprimento de mandados de prisão para indivíduos condenados por crimes contra menores, com ênfase nos casos de estupro de vulnerável.

O delegado adjunto da DPCA, Matheus Rezende, destacou que a operação integra a celebração do Dia Mundial da Criança, comemorado em 20 de novembro, e que as ações preventivas a serem deflagradas vão mobilizar as equipes em Boa Vista e em outros municípios do Estado.

Segundo ele, serão realizadas ações preventivas consistentes em palestras, seminários, com o objetivo de coibir e prevenir a violência sexual contra crianças e adolescentes.

“Importante destacar que as ações preventivas estão intrinsicamente ligadas as ações repressivas, como, por exemplo, o caso da caixinha do desabafo, onde uma adolescente relatou na escola, durante uma palestra sobre abuso sexual, que havia sido vítima. Em razão disso, mais três vítimas foram descobertas pela Polícia Civil. Desta forma, por meio de diligências, a Polícia Civil efetuou a prisão do investigado por ter praticado estupro de vulneráveis em face de quatro vítimas”, disse Rezende.

Segundo Jaira Farias, as ações de proteção às crianças e adolescentes em Roraima ocorrem, independente da operação nacional. Ela pediu o apoio da população para que contribua com a proteção das crianças e adolescentes, denunciando os criminosos.

“Queremos fazer um apelo à população de uma forma geral para que, toda a pessoa que tiver conhecimento, presenciado ou tenha notícias de qualquer tipo de violência, não somente sexual, contra crianças e adolescentes, possa denunciar. Há vários canais de denúncia, mas pode ser através do Conselho Tutelar ou do Disque 100, que é um canal do Ministério dos Direitos Humanos. A pessoa não precisa se identificar e nós vamos investigar. Também é importante destacar que é dever não somente da família ou do Estado, mas da sociedade como um todo, o zelo e a proteção das crianças e adolescentes”, disse.

O nome da operação, Hagnos, foi inspirado na mitologia grega, em referência a tudo que é santo e puro. A deusa Ártemis, símbolo de proteção, é invocada como inspiração para a ação.