de derrota na estreia ao bronze olímpico. Duda e Ana Patrícia chegam à final do vôlei de praia — Agência Gov

Compartilhe:

No vôlei de quadra feminino, seleção cai no tiebreak diante dos Estados Unidos e vai disputar o bronze contra a Turquia no sábado. Confira o resumo

De derrotado na estreia a medalhista olímpico. A jornada de Edival Pontes, o Netinho, exigiu garra, técnica, força mental e uma pitada de sorte. Superado pelo jordaniano Zaid Kareem na primeira rodada, ele teve a oportunidade de disputar a repescagem porque o rival se classificou para a disputa pelo ouro.


Segui confiante, me mantive concentrado. Quando tive a chance, lutei com o turco de quem tinha perdido em Tóquio, teve essa revanche, então é tudo especial. Obrigado a todos da torcida brasileira, que ficou, acreditou”

Netinho, bronze no taekwondo e integrante do Bolsa Atleta


Com a chance renovada, não desperdiçou. Após oito horas de espera, venceu duas lutas pela categoria até 68kg e volta dos Jogos Olímpicos Paris 2024 com um bronze. Primeiro, venceu o turco Hakan Reçber, medalhista de bronze nos 68kg em Tóquio 2020, que elimintou o próprio Netinho nas oitavas e atual campeão mundial dos 63kg. Na sequência, superou o espanhol Javier Polo Perez, vencida por 2 rounds a 1.

“Estava muito triste com a derrota na estreia, mas na torcida pelo jordaniano. Segui confiante, me mantive concentrado. Quando tive a chance, lutei com o turco de quem tinha perdido em Tóquio, teve essa revanche, então é tudo especial”, afirmou Netinho. “Obrigado a todos da torcida brasileira, que ficou, acreditou”, completou.

Esta é a 15º medalha do Brasil na capital francesa e a terceira do taekwondo brasileiro na história dos Jogos. Antes de Netinho, subiram ao pódio olímpico Natalia Falavigna, bronze em Pequim 2008, e Maicon Andrade, também bronze na Rio 2016.

Pelas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva exaltou a conquista do atleta brasileiro. “Parabéns ao Edival Pontes, o Netinho, nosso atleta medalhista. O Brasil se emocionou com essa vitória”, postou o perfil do presidente.

Maria Clara Pacheco, estreante de 21 anos, se despediu nas quartas de final da categoria até 57kg. Venceu o primeiro combate e quase passou pela número 1 do mundo, a chinesa Zongshi Luo, mas foi superada e, posteriormente, eliminada, com a derrota da algoz nas semifinais.

Nesta sexta-feira, outros dois brasileiros estarão em ação no taekwondo. Caroline Santos, a Juma, estreia na categoria até 67kg diante da tailandesa Sasikarn Tongchan, enquanto Henrique Marques lutará na categoria até 80kg tendo o jordaniano Saleh Elsharabaty como adversário no primeiro combate.

Netinho com a medalha conquistada em Paris: redenção. Foto: Wander Roberto / COB
Netinho com a medalha conquistada em Paris: redenção. Foto: Wander Roberto / COB

VÔLEI DE PRAIA – O Brasil garantiu mais uma medalha em Paris, desta vez no vôlei de praia. Duda e Ana Patrícia venceram as australianas Mariafe Artacho e Taliqua Clancy, vice-campeãs olímpicas em Tóquio 2020, na semifinal, e vão disputar o ouro. O próximo e último confronto no já icônico Estádio da Torre Eiffel será contra Melissa Humana-Paredes e Brandie Wilkerson, do Canadá. A dupla número 1 do mundo é brasileira e vai disputar o ouro nos Jogos Olímpicos.

“Entendo os grandes desafios que a gente tem que enfrentar para estar aqui em busca de conquistá-la (a medalha), né? Então, passamos por muitos, falta um passinho para a  glória total, mas já vai ficar para a história tudo que a gente fez aqui”, disse Ana Patrícia.

“A gente trabalhou muito para isso. Acho que devo tudo à parte psicológica, técnica, física, e a gente conseguiu demonstrar tudo ali dentro da quadra”, completou Duda. “Descansar, aproveitar, ser feliz nesse momento, estudar e amanhã a gente está de volta na final”. A grande decisão será nesta sexta-feira, a partir das 17h30 no horário de Brasília.

Ana Patrícia e Duda comemoram a dura classificação para a final olímpica no vôlei de praia. Foto: Gaspar Nobrega/COB
Ana Patrícia e Duda comemoram a dura classificação para a final olímpica no vôlei de praia. Foto: Gaspar Nobrega/COB

VÔLEI FEMININO – A seleção feminina de vôlei vai brigar pela medalha de bronze nos Jogos Olímpicos. Nesta quinta-feira, em uma batalha de um clássico do voleibol mundial, o Brasil acabou superado pelos Estados Unidos por 3 sets a 2 (23/25, 25/18, 15/25, 25/23, 11/15) na semifinal, na Arena Paris Sul. O confronto contra as americanas era recheado de rivalidade e equilíbrio. As duas equipes fizeram a última final olímpica, em Tóquio 2020, em que o Brasil acabou com a prata. Agora, a seleção lutará pelo bronze no sábado (10), a partir das 12h15 (de Brasília), contra o perdedor entre Turquia e Itália.

“É difícil falar com frieza depois de perder um jogo que para a gente era tão importante”, disse a atacante Gabi. “Acho que antes de mais nada dizer que tenho noção que grande parte dessa responsabilidade, dessa derrota passa por mim, por não ter começado efetivamente no ataque e não conseguir ajudar no contra-ataque. Eu sei que por ser uma referência para o time acaba desestabilizando um pouco, principalmente as mais novas, as levantadoras, para terem mais opções de virada. Mas fico orgulhosa das meninas, principalmente por ter feito uma partida incrível, de ter puxado o time desde o início”.

BÁRBARA NA FINAL – Pela primeira vez na história da ginástica rítmica, o Brasil está classificado para a final do individual geral. Bárbara Domingos alcançou o feito nesta quinta-feira, 8, ao terminar a fase de classificação dos Jogos Olímpicos Paris 2024 na oitava posição. Dona de dois bronzes em etapas da Copa do Mundo em 2023, além do ouro no individual geral, na bola e na fita nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, a curitibana de 24 anos está orgulhosa do desempenho na soma de apresentações impactantes nas provas de arco, bolsa, fita e maça. “Quando a gente viu que era possível, que eu estava na final, assim, não tem como explicar. Eu estou muito feliz, meio em êxtase”, disse a atleta. “Isso só concretiza que a gente está no caminho certo, trabalhou muito para estar aqui, e deu o melhor em quadra, e o resto foi consequência”.

A melhor colocação do Brasil até hoje na modalidade foi o 23° lugar, com Natália Gaudio nos Jogos do Rio, em 2016. Com a classificação de Babi, o país já está entre os dez melhores do mundo, visto que apenas dez ginastas avançam para a final. Bárbara começou o dia se apresentando na bola. Vigésima segunda na rotação, conseguiu a nota 33.100. Na sequência, fez 34.750 no arco, uma das maiores notas da competição, o que arrancou lágrimas de emoção da ginasta. Babi encerrou a primeira parte da classificatória na 6ª posição. De volta para as duas últimas rotações, a brasileira alcançou 31.700 na fita e 30.200 nas maças, garantido a vaga na final, com pontuação de 129.750. A decisão do individual geral será nesta sexta-feira, a partir das 9h30 de Brasília. O conjunto brasileiro disputa a classificatória da competição por equipes a partir das 10h.

Bárbara Domingos fez grande apresentação em Paris e garantiu a inédita vaga na final para o Brasil na ginástica rítmica. Foto: Ricardo Bufolin / CBG
Bárbara Domingos fez grande apresentação em Paris e garantiu a inédita vaga na final para o Brasil na ginástica rítmica. Foto: Ricardo Bufolin / CBG

ÁGUAS ABERTAS – Ana Marcela Cunha escreveu nesta quinta-feira mais um capítulo de sua incrível trajetória no esporte. Campeã olímpica em Tóquio, a brasileira terminou a prova de 10km disputada no Rio Sena na quarta posição. Se não rendeu a sonhada segunda medalha, o quarto lugar a colocou mais uma vez entre as maiores do mundo na modalidade. A brasileira terminou a prova com 2h04min15s. A vencedora foi a holandesa Sheron van Rouwendaal, que havia sido prata em Tóquio. Moesha Johnson, da Australia, foi prata, enquanto Ginevra Taddeucci, da Itália, foi bronze.

“Eu acho que um quarto lugar é um abismo muito grande entre ter uma medalha. Em 2008, quando fui quinta, não doeu tanto quanto agora. Passei por uma cirurgia faz um ano. Simplesmente cheguei a ligar para minha família e psicóloga e disse que queria parar de nadar. É lógico que a gente queria a medalha, mas tenho que ter orgulho do que fiz. Por mais que seja doloroso o quarto lugar, tenho que manter a cabeça erguida e olhar para frente. Não prometo os Jogos de Los Angeles, mas tem a Copa do Mundo. É virar uma página e ver como vai ser”, disse Ana Marcela. Viviane Jungblut, outra brasileira na prova, terminou na 11ª colocação, com 2h06min15s.

WRESTLING – Giullia Penalber lutou muito para chegar aos Jogos Olímpicos. Depois de ficar a uma vitória, por duas ocasiões, da classificação para Tóquio 2021, a lutadora finalmente fez a estreia olímpica contra Rckaela Aquino, de Guam. E foi uma boa estreia, com a luta terminando em um minuto e dois segundos com encostamento (touche). Na sequência, enfrentou Anastasia Nichita, da Moldávia, vice-campeã mundial e 2ª colocada no ranking mundial, e acabou derrotada. Agora, Giullia enfrentará a alemã Sandra Paruszewski na repescagem. Quem vencer o confronto, enfrenta a chinesa Kexin Hong, derrotada por Nichita na semifinal, na luta pelo bronze. Tanto a repescagem quanto a disputa pelo terceiro lugar na categoria serão nesta sexta-feira.

“Estava muito feliz de estar participando dos Jogos Olímpicos, foi o sonho de toda uma vida. Foi uma realização muito grande estar aqui. Porém, uma vez que a gente chega aqui, a gente quer mais”, disse. A melhor participação do país no wrestling foi o oitavo lugar de Rosângela Conceição na categoria até 72kg, em Pequim 2008. Aos 32 anos, Giullia, ouro nos Jogos Pan-americanos Santiago 2023 e dona de sete medalhas em Campeonatos Pan-americanos, é a única representante do país na modalidade em Paris 2024.

CANOAGEM – Dono de quatro medalhas olímpicas, o canoísta Isaquias Queiroz saiu frustrado do Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne nesta quinta-feira. Após passarem bem pela semifinal de manhã, Isaquias e o parceiro Jacky Godmann chegaram em oitavo lugar na final da prova de C2 500m, com 1min42s48. A medalha de ouro ficou com os chineses Bowen Ji e Hao Li (1min39s48), seguidos pelos italianos Carlo Tacchini e Gabriele Casadei (1min41s08) e Diego Domingues e Juan Antoni Moreno (1min41s18).

“Não gostei do resultado, claro. Em cima do que nós e nosso treinador Lauro trabalhamos, em cima do que o COB investiu em nós, por mais que seja uma final olímpica, chegar em oitavo não é um resultado excelente. Trabalhamos muito no Brasil e na aclimatação em Portugal. O barco estava andando rápido, mas é uma final olímpica. Não estou feliz com o resultado, mas sim em estar entre os melhores do mundo”, disse o baiano. Isaquias ainda participará da final de sua prova favorita, no C1 1.000m, nesta sexta.

Jacky Godmann e Isaquias Queiroz lamentam a performance na final da C2 500m. Foto: Miriam Jeske/COB
Jacky Godmann e Isaquias Queiroz lamentam a performance na final da C2 500m. Foto: Miriam Jeske/COB

VELA – Na classe Nacra 17, João Siemsen e Marina Mariutti terminaram a regata de medalha na terceira colocação. No somatório da competição, no entanto, ficaram com a nona colocação geral, com 115 pontos líquidos. O ouro foi dos italianos Ruggero Tita e Caterina Banti, a prata dos argentinos Mateo Majdalani e Eugenia Bosco e o bronze ficou com os neozelandeses Micah Wilkinson e Erica Dawson.

Já Henrique Haddad e Isabel Swan encerraram a participação na 10ª colocação. A regata de medalha da 470 foi disputada nesta quinta-feira (8) entre os dez melhores barcos da categoria. Os brasileiros, que terminaram a classificação geral com 84 pontos líquidos, já haviam se classificado sem possibilidade de pódio. O ouro ficou com os austríacos Lara Vadlau e Lukas Maehr. A prata foi para os japoneses Keiju Okada e Miho Yoshioka. Já o bronze ficou com os suecos Anton Dahlberg e Lovisa Karlsson.

Na Fórmula Kite, Bruno Lobo não avançou para a final. Na semifinal A, o brasileiro enfrentou Axel Mazella, da França, e Riccardo Pianosi, da Itália, e precisava vencer três regatas para se classificar. Bruno ficou em terceiro lugar na semifinal e em sétimo na classificação geral. O Brasil se despede dos Jogos Olímpicos sem medalhas na vela.

ATLETISMO – Foram mais de 90 anos de ausência, mas o Brasil enfim voltou a participar da final olímpica do lançamento de dardo. Coube ao mineiro Luiz Maurício da Silva ser o responsável por esse momento histórico. Ele acabou na 11ª posição. O ouro ficou com o paquistanês Arshad Nadeem, que estabeleceu novo recorde olímpico com 92.97m. Independentemente do resultado, o nome de Luiz está marcado na história, já que o último representante do país na final havia sido Heitor Medina, em Los Angeles 1932. O brasileiro, que havia quebrado o recorde sul-americano nas eliminatórias, com 85.91m, não conseguiu repetir o bom desempenho. Sua melhor marca foi no primeiro lançamento, com 80.67m. No segundo, diminuiu para 78.67m. No terceiro, queimou e não conseguiu ficar entre os oito melhores que seguiram na competição.

Pela manhã, o Brasil esteve em ação em outras duas provas. No revezamento 4x100m masculino, com 38s73, a equipe brasileira chegou na 6ª colocação em sua bateria – 14ª no geral – e não se classificou para a final. O revezamento foi formado por Gabriel Garcia, Felipe Bardi, Erik Cardoso e Rafael Gallina, nesta ordem. “Entramos dedicados a fazer um bom resultado. Infelizmente não foi como a gente queria. Agora é erguer a cabeça e seguir em frente, analisar o que aconteceu, tentar melhorar para a próxima oportunidade”, comentou Gallina. Já nas eliminatórias do arremesso do peso feminino, Ana Caroline Silva, com 17m09, e Livia Avancini, com 16m26, chegaram na 23ª e 29ª posições, e não avançaram para a final.

ONIPRESENÇA – O DNA do Bolsa Atleta é “onipresente” na delegação brasileira que está em Paris para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2024. Levando em conta o edital mais recente, de 2024, 241 dos 276 atletas na capital francesa fazem parte do programa, um percentual de 87,3%. Se a análise leva em conta o histórico dos atletas, contudo, 271 dos 276 já foram integrantes do programa do Governo Federal em alguma fase da carreira (98%). Em 27 das 39 modalidades em que o país está representado na França, 100% dos atletas integram atualmente o programa de patrocínio direto do Ministério do Esporte. Mais: em seis modalidades, todos estão na categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta, voltada para esportistas com chances reais de medalha em megaeventos, que se posicionam entre os 20 melhores do ranking mundial de suas modalidades. A Bolsa Pódio garante repasses mensais que variam de R$ 5.500 a R$ 16.600, com o reajuste anunciado em julho de 2024 pelo presidente Lula.

Radiografia do Bolsa Atleta na delegação brasileira nos Jogos Olímpicos
Radiografia do Bolsa Atleta na delegação brasileira nos Jogos Olímpicos





Fonte Notícias/imagens: Agência GOV da Empresa Brasil de Comunicação – EBC – Leia Mais