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Conheça mais sobre os projetos inovadores vencedores do Prêmio Sebrae Tamanduá Bandeira | ASN Roraima

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A iniciativa do Sebrae Roraima reconheceu projetos de escolas públicas, municipal e estaduais, na primeira edição realizada em 2023.

Educar e fomentar o empreendedorismo no ambiente escolar foi a proposta da 1ª Edição do Prêmio Sustentabilidade Tamanduá Bandeira, desenvolvido pela Unidade de Educação Empreendedora do Sebrae Roraima, com destaques para os três primeiros colocados com projetos inovadores, com base nas práticas sustentáveis e envolvimento da comunidade escolar.

Focado em reconhecer as práticas sustentáveis realizadas dentro do ambiente escolar, com a utilização de resíduos produzidos dentro da própria escola, o Prêmio visou identificar e premiar as instituições com propostas voltadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estipulada pela ONU (Organizações das Nações Unidas).

No edital, publicada em portal eletrônico do Sebrae Roraima, continha todos os critérios para inscrição dos projetos. O anúncio das vencedoras ocorreu durante a Feira de Ciências do Estado de Roraima, local onde reuniu representantes de todas as instituições participantes, no dia 29 de novembro, onde receberam ainda o Troféu Tamanduá do Sebrae e a placa “Escola Amiga do Desenvolvimento Sustentável”.

Segundo a coordenadora de Educação Empreendedora do Sebrae Roraima, Graciela Missio, a intuição é incentivar as escolas a aderirem às práticas sustentáveis. “Tivemos nove projetos inscritos, com as práticas comprovadas nas escolas e foi feita uma comissão para avaliação destes projetos onde se levou em consideração a inovação e originalidade, impacto ambiental positivo dessas ações, envolvimento da comunidade escolar, resultados alcançados e potencial de replicabilidade em outras instituições”, defendeu.

A intenção é realizar a segunda edição em 2024 e abranger mais instituições de ensino públicas de todo o Estado. Conheça mais detalhes sobre os três primeiros colocados do Prêmio Sustentabilidade Tamanduá Bandeira:

1º colocado – “Sustentável Empreendedor de Produção de Peixes e Hortaliças: Sistema Integrado de Aquaponia com Energia Fotovoltaica”, da escola Estadual Militarizada Vitória Mota Cruz

Projeto “Sustentável Empreendedor de Produção de Peixes e Hortaliças: Sistema Integrado de Aquaponia com Energia Fotovoltaica” da Escola Estadual Militarizada Vitória Mota Cruz.

O ciclo da vida e a ajuda mútua entre os organismos representam o primeiro lugar do Prêmio Sustentabilidade Tamanduá Bandeira do Sebrae Roraima, o projeto “Sustentável Empreendedor de Produção de Peixes e Hortaliças: Sistema Integrado de Aquaponia com Energia Fotovoltaica”, da escola Estadual Militarizada Vitória Mota Cruz.

Como funciona? Peixes são mantidos dentro de uma caixa d’água e acoplado a ela fica uma plantação de hortaliças. “Ela vai se desenvolver do que o peixe produzir, como fezes e urina, que são 13 nutrientes necessários para que as hortaliças cresçam. É uma ajuda mútua”, explicou o professor idealizador, Edilson Bispo, da disciplina de Geografia.

São 30 peixes. O reservatório é mantido por duas bombas que fazem a circulação de oxigênio e outra usada para irrigar as hortaliças, um filtro para retirar as impurezas. Cria-se um ciclo contínuo e mútuo. O trabalho desenvolvido pelos estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental II é multidisciplinar, envolve a comunidade escolar e como resultado abastece a merenda da escola.

“Todos nós ficamos felizes com a premiação em primeiro lugar. Um dos objetivos alcançados com esse trabalho e para o desenvolvimento do peixe, da horta, ver o resultado de todo trabalho ali, finalizar e ganhar o prêmio” comemorou.

Pensando no desenvolvimento da Amazônia após participar de evento do terceiro bimestre da Escola, Bispo apresentou a ideia aos estudantes e a curiosidade tomou conta da sala de aula. Para sair do papel, os adolescentes “arregaçaram” as mangas. “Os próprios alunos prepararam bolos, cachorros-quentes que nos intervalos eram vendidos para arrecadar dinheiro para comprar os itens necessários para o funcionamento do projeto e no final feito uma rifa que envolveu toda a comunidade em torno da escola, onde foi arrecadado o recurso necessário para o projeto”, lembrou o professor.

Desde então começaram as buscas pelos peixes e as sementes necessárias para início do projeto. A proposta recebeu atenção de toda comunidade escolar e foi apresentada na Feira de Ciências Estadual.

2º colocado – “Valores”, da escola Estadual Buriti

Projeto “Valores” da escola Estadual Buriti.

A colaboração coletiva de roupas, bolsas, sapatos, mochilas, itens de higiene pessoal, alimentação, brinquedos e material escolar motivou a gestão da escola Estadual Buriti, situado na zona Oeste de Boa Vista, a implantar o projeto “Valores”. Duas vezes ao ano, principalmente nos inícios de julho e dezembro, a instituição promove um bazar solidário.

Para conquistar a “moeda Buriti”, os estudantes do sexto ao nono ano do ensino Fundamental II precisam seguir critérios para conquistar as pontuações que serão monetizadas por pontos. Exemplo: 1 ponto vale 5 moedas Buriti; 2 pontos valem 10 moedas Buriti; 3 pontos valem 20 moedas Buriti. O teto é de 100 moedas Buriti.

Mas como funciona a conquista? “Os critérios estabelecidos como frequência, assiduidade, participação nas atividades e não usar o celular, então recebem divisão de pontos e no dia D, com as moedas, vão ao bazar e compram os itens disponibilidade”, explicou a gestora da escola, Ivete Rosa Ivo, idealizadora do projeto, acompanhada da coordenadora Pedagógica, professora Conceição de Maria.

O projeto “Valores” aborda a forma de como um bazar. Com ênfase no empreendedorismo sustentável, é capaz de influenciar o desempenho dos estudantes e envolver toda a comunidade escolar, principalmente fazer com que os adolescentes percebam a importância da meritocracia, dos cuidados com o meio ambiente e do reaproveitamento de itens dentro da Unidade.

“O nosso foco principal é capacitar os nossos estudantes, inspirá-los por meio do projeto Valores a desenvolver habilidades com competências empreendedoras em prol de uma causa social. Dentro do entendimento estamos destacando o consumo de responsabilidade social com reaproveitamento” explicou Ivete.

Para a gestora, o sentimento é de satisfação ao vencer o Prêmio Tamanduá Bandeira. “Sensação de reconhecimento, uma alegria sem tamanho por sermos reconhecidos por uma instituição tão renomada como Sebrae, uma avaliação do Sebrae nos coloca a frente de grandes vitórias”, celebrou.

3º “Merenda Escolar, um Bem Indispensável. Não a Jogue no Lixo!”, da escola Municipal Nova Canaã

Projeto “Merenda Escolar, um Bem Indispensável. Não a Jogue no Lixo!”, da escola Municipal Nova Canaã.

Ao observar o desperdício da refeição pelos estudantes da escola Municipal Nova Canaã, localizada na zona Oeste de Boa Vista, a equipe pedagógica decidiu mudar o rumo daquele que seria mais um lixo da instituição e desenvolveu em meados de 2017 o projeto “Merenda Escolar, um Bem Indispensável. Não Jogue no Lixo!”.

Foi então que, junto aos estudantes, iniciaram as separações e as campanhas de conscientização sobre o consumo e o descarte correto para reaproveitamento dos alimentos em compostagem para atender a uma horta escolar.

“Uma implementação de práticas de desenvolvimento sustentáveis relacionadas à meta 12.5 do ODS 12, sobre gestão dos resíduos produzidos pela comunidade escolar que surtiu grande efeito foram às ações que ocorreram nos recreios ou no Momento Cívico com cartazes de sensibilização e placas informativas” explicou a gestora Wera Lúcia.

Após o lanche, as crianças são orientadas a depositar o resto da comida em lixeiras específicas e sinalizadas: uma para as cascas das frutas consumidas no recreio e outra para os demais alimentos. Uma criança fica próxima aos baldes com a placa para sinalizar positivo e o negativo, ou seja, se acertou ou errou ao designar o resto ao recipiente. E é neste momento em que a gestão escolar avalia, por exemplo, se aquela refeição/lanche foi aceita pelos estudantes, após pesagem do lixo.

Talos, cascas e folhas viram na escola Municipal Nova Canaã adubo por resultado da compostagem e o processo é monitorado semanalmente pela turma do 3º ano do ensino Fundamental I, mas a coleta ocorre todos os dias.

Na escola há turmas noturnas para EJA (Educação de Jovens e Adultos) que também integraram o projeto. “Levando em consideração os benefícios do reaproveitamento de insumos, em especial, a turma da EJA I Segmento, utilizou da culinária sustentável com a produção da panificação sustentável de modo saudável, contribuindo no desenvolvimento social e econômico”, acrescentou a gestora.

Os resultados, acrescentou Wera Lúcia, são visíveis. Segundo ela, as dicas e ações práticas difundidas na hora do recreio e na sala de aulas tem oportunizado a diminuir o desperdício de alimentos na escola, sugestões de receitas e de benefícios para natureza.

“E além de fazer compostagem, proporcionando a criação da horta escolar que contribuirá com o meio ambiente e na manutenção de um cardápio escolar, impactando não somente a vida dos estudantes, mas também dos servidores e funcionários da escola” falou Wera.

Conquistar o Prêmio foi importante para a escola. “E gratificante para compartilhar experiências e boas práticas sustentáveis promovidas pela Escola Municipal Nova Canaã, a troca de conhecimento e inspirando outras instituições de ensino a seguirem o mesmo desígnio”, concluiu.

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